quinta-feira, 7 de abril de 2011

Uma Crônica para minha Mãe (Iza)

          Como que por encanto, me vejo às vezes sozinho, mastigando o amargo de uma solidão, essa que me lembra sempre de minha mãe, que sozinha ficou depois que todos saímos de sua casa, uns por terem casado e uma por motivo de mudança.

         Distante não é a imensidão de quilômetros da qual tanto se fala entre um ponto e outro da terra, mas sim a distância que me separa da minha infância, de minha mãe.

         Sozinho, amargo momentos tristes de um sorriso amarelo diante da televisão, rio de alguns momentos da TV.  Nada que substitua um sorriso sincero de um amigo, de um filho ou de uma mãe.

         Distante agora estou de minha família, que está tão perto de mim, quando a matriarca estava conosco, tudo era mais fácil... saudade de minha mãe.

         Apaziguava a todos, relevava as intolerâncias, brincava de vovó.
         Matriarca, simples, sincera, humilde, amiga..., minha mãe.
         Iza, saudade.
         Iza, vontade.
         Iza, amiga.
         Iza, bondade.
         Iza, carinho.
         Iza, que dançava.
         Iza, que pintava.
         Iza, que costurava.
         Iza, que cozinhava.
         Iza, que cuidou do Fernando.
Iza, domingo eu passo lá.
         Iza, a festa não é mais a mesma.
         Iza, falta você na mesa.
         Iza, me dá um abraço.
         Iza, alivia o meu cansaço.
         Iza, vida.
         Iza, vivida.
         Iza, conselho.
         Iza, respeito.
         Iza, coração.
         Iza, educação.
         Iza, solução.
         Iza, você é todo o amor do mundo.
         Iza, Iza, Iza...



...Iza, distante (24.06.1998 - Dia em que você foi embora).  Saudade.

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